'Os Notáveis': Parte XIII - Joana Angélica

Publicado  terça-feira, 10 de agosto de 2010


     Heroína da independência nacional nascida em Salvador, Bahia, a primeira mártir a tombar no solo bahiano e que sacrificou a própria vida na defesa da clausura do convento da Conceição da Lapa, na Bahia contra o exército português. 
     De família abastada, era filha de José Tavares de Almeida e de Catarina Maria da Silva, aos 20 anos optou pela vida monástica (1782), entrou para o noviciado no Convento de Nossa Senhora da Conceição da Lapa, na capital baiana e tornou-se franciscana do ramo das Clarissas. 
     Após o noviciado foi irmã, escrivã, vigária e abadessa do convento da Conceição. Com a revolta dos soldados brasileiros contra a nomeação no início do ano do brigadeiro lusitano Inácio Luís Madeira de Melo para comandante das armas da província (1822), soldados portugueses, sob o pretexto de haver patriotas escondidos no convento, derrubaram a porta a golpes de machado. 
     Ocupava a direção do Convento, em fevereiro, quando à entrada da clausura, enfrentou os soldados lusitanos, que tinham vindo para Salvador desde o Dia do Fico, e teve o peito trespassado de baionetas. Esvaindo-se em sangue foi levada para um sofá de palhinha, que ainda pode ser visto, e faleceu pouco depois, tornando-se, assim, a primeira mártir da grande luta que continuaria, até a definitiva libertação da Bahia, no ano seguinte. 
     No centenário de sua morte, a Imprensa Oficial do Estado da Bahia publicou o livro Joana Angélica, a primeira heroína da Independência do Brasil, de Bernardino de Sousa.

Fonte: Netsaber - http://www.netsaber.com.br/

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